Através do serviço Starlink, Elon Musk permitiu o acesso à internet a uma tribo remota do Amazonas. Porém, se a ideia original era conectar essa mesma tribo com o resto do mundo, depressa se tornou num problema: muitos dos homens da tribo ficaram viciados em pornografia.
Segundo o jornal “New York Times”, Musk chegou a um acordo com o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, para providenciar acesso à internet a cerca de 66 mil indígenas da Amazónia. O acordo também teve um impacto positivo: os indígenas tiveram acesso a mais oportunidades de trabalho e a serviços de emergência.
Porém, alguns dos habitantes locais estão insatisfeitos com o facto de muitos jovens terem ficado viciados em conteúdo sexual explícito, partilhando esse mesmo conteúdo em chats de grupo.
Alfredo, um dos líderes da tribo dos marúbos, afirmou ao jornal que estes jovens começaram ainda a mostrar “comportamentos sexuais mais agressivos”, preocupando-os igualmente o acesso fácil “ao modo de vida dos brancos”.
Para a ativista pelos direitos dos indígenas Flora Dutras, o direito destes povos ao acesso à internet é inegável, mas a natureza desse acesso merece críticas: “Isto é um caso de etnocentrismo: o homem branco a pensar que sabe o que é melhor para os outros”, disse.
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