
Passam 50 anos sobre o frustrante último lugar no Festival da Eurovisão de ‘E Depois do Adeus’ , canção que, no auge da contestação política à política externa de Marcelo Caetano, seria ignorada pelo júri europeu e sucumbiria perante o encanto dos suecos ABBA. Menos de uma vintena de dias depois, um novo significado seria colado à composição defendida por Paulo de Carvalho. Por essa altura começava também a operar-se uma radicalização na música portuguesa, que se acentuou a seguir ao 25 de Abril, mas também o desbravar de novos tempos num país “sem estruturas para a música popular”. Essa história é contada por Miguel Cadete, diretor da BLITZ, num artigo originalmente publicado na revista do “Público”, em abril de 2003