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Entrevista a Dave Gahan (Depeche Mode): “Tenho ótimas memórias de Portugal. Levei aí toda a minha família: mãe, irmãos, irmã... fomos todos”

Dave Gahan, dos Depeche Mode, em entrevista à BLITZ
Dave Gahan, dos Depeche Mode, em entrevista à BLITZ

Os Depeche Mode regressaram em 2023 aos discos, depois da morte inesperada do teclista e fundador Andy Fletcher. Em vésperas do regresso a Lisboa para um concerto (terça-feira, na Meo Arena) republicamos uma entrevista exclusiva com Dave Gahan realizada há um ano: o vocalista da banda inglesa falou-nos das armadilhas do ego, das boas recordações que guarda de Portugal e de como a ideia de fim se infiltrou em “Memento Mori”. Conversa com um sobrevivente

Ao longo dos últimos 43 anos, os Depeche Mode conseguiram manter um vigor sem grandes paralelos entre as bandas nascidas de uns anos 80 vividos entre a hegemonia das guitarras e o crescente apelo dos sintetizadores. Sucesso atrás de sucesso, a banda criada precisamente em 1980 por Dave Gahan, Martin L. Gore, Andy Fletcher e Vince Clarke — que pouco depois anunciaria a sua saída, seguindo caminho primeiro com os Yazzo e depois com os Erasure — foi cimentando um estatuto que lhe permite, quatro décadas depois, continuar a gravar álbuns e a esgotar concertos um pouco por todo o mundo. No final de maio de 2022, quando Gahan e Gore, força criativa do coletivo britânico, se preparavam para mostrar a Fletcher as canções em que tinham andado a trabalhar e que integrariam o novo álbum, “Memento Mori”, era divulgada a notícia da morte inesperada do teclista, vitimado, saber-se-ia mais tarde, por uma dissecação aórtica. Na apresentação oficial daquele que é o 15º longa-duração dos Depeche Mode, em outubro passado, os dois músicos revelavam que quer o alinhamento quer o título tinham sido decididos antes do desaparecimento de Fletcher. “‘Memento Mori’ significa ‘lembra-te de que vais morrer’. Soa muito mórbido, mas a ideia que queremos passar é a de que temos de viver todos os dias como se fossem o último”, esclareceu Gore, acrescentando que a dupla sentiu “muito a falta do Fletch durante as gravações” e que ele “teria adorado este álbum”. “Decidimos continuar, depois de o Fletch morrer, porque temos a certeza de que ele quereria que o fizéssemos. E isso deu ao álbum todo um novo significado.”

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