Há poucas coisas mais lindas (e poucos adjetivos mais pirosos do que ‘lindo’) do que acompanhar uma banda do coração, do berço até ao pódio. Há seis anos, à boleia do mágico álbum “Joy As An Act of Resistance”, os Idles tocavam num dos horários mais modestos do Primavera Sound e no Hard Club, também na Invicta. Agora, não só esgotam o icónico Pavilhão Rosa Mota como até escolhem o Porto para dar início à digressão de “Tangk”, o novo álbum. Escassos minutos antes da hora marcada, a expectativa é palpável, a eletricidade - que rapidamente transitará para o palco - circula pela plateia e a amálgama de corpos aguarda a ordem para entrar, igualmente, em jogo. Gostar de música ao vivo é, também, tragar toda esta antecipação com a mesma intensidade que o festim que se seguirá. E perder este entusiasmo seria ‘a morte do artista’ - neste caso, do fã.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: LIPereira@blitz.impresa.pt