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Os Franz Ferdinand ‘rebentaram’ há 20 anos: o momento em que toda a gente dançou ‘Take Me Out’ e esqueceu o dia de amanhã

Franz Ferdinand, 2004
Franz Ferdinand, 2004

Tinham guitarras, mas também faziam dançar. Tinham refrões orelhudos, mas eram igualmente literatos. Há 20 anos, os Franz Ferdinand pegavam no pós-punk que animou a década de 80 e na frescura do rock revivalista dos Strokes e lançavam o seu álbum de estreia. De repente, ‘Take Me Out’ ou ‘This Fire’ tornavam-se clássicos instantâneos. Portugal ‘apanhou’ a onda logo no início: recordamos também o que nas páginas da BLITZ se escreveu sobre “Franz Ferdinand”, o álbum mais fresco de 2004, e um inesquecível concerto no festival Sudoeste no verão desse ano

Os primeiros anos do novo milénio foram bons para a música. A fronteira entre o mainstream e a música dita alternativa, que já tinha sido fortemente abalada pelo sucesso dos Nirvana dez anos antes, esfumava-se: os fãs já não conheciam música nova através dos mensageiros de sempre, partiam eles próprios à procura, através de plataformas mais ou menos dúbias como o Napster, primeiro, ou o eMule e Soulseek, depois, e o ‘legal’ iTunes. Proliferavam blogues escritos por gente honesta cujo único propósito era o de levar os artistas de que gostavam a mais gente, enfrentando com galhardia a crítica especializada. Nos Estados Unidos, a “Pitchfork” era o oráculo da cena indie. Brotavam novos sons, novas visões do mundo. O hip-hop subia enfim ao trono, mas as guitarras ainda tinham algo a dizer. Os Franz Ferdinand sabiam disso.

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