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Tim Bernardes no Coliseu de Lisboa: um gigante nos ombros das lendas da música brasileira (e um rapaz cá da casa)

Tim Bernardes no Coliseu dos Recreios, Lisboa
Tim Bernardes no Coliseu dos Recreios, Lisboa
Rita Carmo

Na primeira de duas noites no Coliseu de Lisboa, Tim Bernardes mostrou a sua devoção pelos clássicos (Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa, Bob Dylan… Fernando Pessoa), deixando sempre à vista a sua fortíssima visão autoral e um talento vertiginoso. Voltará, certamente, a ser feliz deste lado do oceano que nos une

Tim Bernardes no Coliseu de Lisboa: um gigante nos ombros das lendas da música brasileira (e um rapaz cá da casa)

Lia Pereira

Jornalista

Tim Bernardes no Coliseu de Lisboa: um gigante nos ombros das lendas da música brasileira (e um rapaz cá da casa)

Rita Carmo

Fotojornalista

Nascido em 1991 em São Paulo, Tim Bernardes é um filho do “Brasil, internet, mundo”, como enuncia numa das prodigiosas canções com que vem enchendo salas e conquistado corações deste lado do Atlântico, desde a saudosa estreia na acolhedora ZDB, há seis anos. No papel, o impacto da sua presença é difícil de explicar a um leigo: altíssimo e vagamente desengonçado, entra no palco do Coliseu dos Recreios, sala que já o recebera (e encantara) em 2022, de terno marrom e um pequeno arsenal de guitarras, acústicas e elétricas. Ao seu lado, um piano negro aguarda que sobre as suas teclas se derrame a magia de canções que habitam no limbo entre razão e sentimento. Conhecedor e afetuoso, o público sabe ao que vem e, para início de conversa, começa por aplaudir longamente este filho de músico (o pai, Maurício Pereira, é veterano estimado do indie local), apaixonado pela música brasileira dos anos 60 e 70, que cita abundantemente - através de palavras elogiosas e da música que cria -, sem porém soar derivativo. Dono de um universo próprio e de um estilo autoral, Tim Bernardes é um gigante nos ombros das lendas da MPB - e, como esta série de concertos em Portugal vem ajudar a provar, já é, também, um pouco nosso.

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