Desmond Child, autor de canções dos Bon Jovi, Aerosmith ou Alice Cooper, partilhou a sua opinião pouco favorável sobre o grunge, particularmente sobre os seus guitarristas, em entrevista ao site “Songfacts”. O autor de êxitos como ‘Livin’ on a Prayer’, de Bon Jovi, ou ‘Dude (Looks Like a Lady)’, de Aerosmith, falou sobre o facto de as bandas de Seattle terem feito sombra ao tipo de música feito pelas bandas para as quais escrevia.
“Chamávamos àquela nova geração os ‘shoegazers’: olhavam para baixo porque tinham de o fazer, porque não eram verdadeiros guitarristas e não sabiam tocar”, diz o compositor e produtor, “só sabiam tocar três ou quatro acordes e mesmo assim tinham problemas. Não eram virtuosos como o Joe Perry, Richie Sambora, Eddie Van Halen ou Steve Vai, que iluminavam qualquer palco com a sua forma extraordinária de tocar”.
Child acrescenta ainda que “os ‘shoegazers’ eram mais conceptuais” e que a sua postura era totalmente oposta à dos guitarristas de bandas como Bon Jovi ou Aerosmith. “É assim que as coisas são: podem ir para um lado e, de repente, virar para o outro. Os estilos não mudam assim a não ser que tenhas uma estrela e os Nirvana tinham uma estrela que cativou a imaginação de todos”.
Depois de começar o seu percurso a escrever para outros artistas com ‘I Was Made for Lovin’ You’ dos Kiss, em 1979, e de deixar a sua marca na discografia dos Bon Jovi, Aerosmith, Joan Jett ou Alice Cooper nas décadas de 1980 e 1990, Desmond Child continuou a assinar êxitos, casos de ‘Livin’ La Vida Loca’ de Ricky Martin, ‘Waking Up in Vegas’ de Katy Perry ou, mais recentemente, ‘Kings & Queens’ de Ava Max.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: blitz@impresa.pt