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‘Deepfakes’ de Taylor Swift alarmam a Casa Branca e a Microsoft: “Temos que proteger os mais novos, que crescem num mundo muito estranho”

Taylor Swift
Taylor Swift
Getty Images

Imagens falsas, sexualmente explícitas e criadas com filtros de inteligência artificial que permitem reproduzir o rosto de Taylor Swift, ‘invadiram’ a internet nos últimos dias. Um dos conteúdos terá tido mais de 45 milhões de visualizações na rede social X, antes de ser retirado. “É uma situação alarmante e vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para lidar com a questão”, afirma o governo dos Estados Unidos

Uma ‘invasão’ de ‘deepfakes’ pornográficas de Taylor Swift está a preocupar o Governo dos Estados Unidos e a gigante tecnológica Microsoft. As imagens, falsas e geradas por inteligência artificial, são criadas através de um filtro que sobrepõe, de maneira que pode ser considerada realista, o rosto da estrela pop norte-americana no de outras pessoas - em vídeos ou imagens fixas - em contextos nos quais Swift não participou.

A Casa Branca afirma-se “alarmada” com o fenómeno, pedindo às empresas de comunicação social que criem formas de regular a propagação das imagens. “É uma situação alarmante e vamos fazer o que estiver ao nosso alcance para lidar com a questão”, disse a porta-voz do Governo dos Estados Unidos, Karine Jean-Pierre, em conferência de imprensa, citada pelo “Washington Post”, defendendo que também o Congresso deve legislar sobre o assunto.

Também a Microsoft expressou a sua preocupação: “Precisamos estar informados, precisamos estar conscientes e precisamos descobrir maneiras de proteger os nossos mais novos, porque eles estão a crescer num mundo muito, muito estranho”, defende a CEO da Microsoft, Satya Nadella, em entrevista à NBC News. “Em primeiro lugar, isso é absolutamente alarmante e terrível e, portanto, sim, temos que agir. Todos nós beneficiamos quando o mundo online é um mundo seguro”. Nadella insiste no papel da lei: “penso que podemos legislar muito mais do que... pensamos que podemos”.

A rede social X (antes, Twitter), uma das plataformas usadas para propagar as ‘deepfakes’, garante agora estar a tomar as medidas adequadas contra as contas que as publicaram. Contudo, de acordo com o site de tecnologia “The Verge”, uma das imagens sexualmente explícitas teve mais de 45 milhões de visualizações antes de o X a retirar. As imagens terão surgido primeiro num canal de Telegram que produz conteúdos do género.

Com o intuito de reduzir as pesquisas de imagens explícitas, fãs de Taylor Swift estão a partilhar ‘posts’ com a frase “Protect Taylor Swift” ("Protejam a Taylor Swift").

Ver Instagram

“Hoje posso ser como a Taylor Swift. Sabe lá com quem me parecerei amanhã. É tempo de estar alerta. E de ajudar as nossas crianças a navegar neste mundo online sempre em mudança”, escreveu no Instagram Danae Mercer, ex-jornalista, produtora de conteúdos e embaixadora da Associação de Transtornos Alimentares dos Estados Unidos, citada pelo “NME”, fazendo acompanhar as suas preocupações com um vídeo em que, ela própria, se ‘transforma’ em Taylor Swift.

A artista norte-americana dá os seus primeiros concertos em Portugal a 24 e 25 de maio, no Estádio da Luz, em Lisboa.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: blitz@impresa.pt

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