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Sangue, suor e metal: uma noite no festival mais ‘extremo’ de Lisboa. Isto não é só ‘grindcore’, é “Xapada” na cara

Bleeding Display nos bastidores do Xapada Fest
Bleeding Display nos bastidores do Xapada Fest
Rita Carmo

O comum é que uma canção ‘grindcore’ tenha menos de um minuto: a voz ‘rasga’ a garganta, a velocidade do ritmo é brutal. Nascido de uma fusão entre o punk e o ‘death metal’, leva já quase quatro décadas de existência e consagrou artistas como os britânicos Napalm Death ou os Anaal Nathrakh, banda que este sábado atuou no RCA, em Lisboa, como cabeça de cartaz do Xapada Fest. Estivemos lá: sangue, sujidade, agressividade, raiva, o lado mais grotesco da existência humana… e depois os fãs, algumas das pessoas mais simpáticas que alguma vez se terá o prazer de conhecer. Tudo isto é estranho, tudo isto é belo

Sangue, suor e metal: uma noite no festival mais ‘extremo’ de Lisboa. Isto não é só ‘grindcore’, é “Xapada” na cara

Rita Carmo

Fotojornalista

Faltam três minutos para o início do concerto e Sérgio Afonso, vocalista dos lisboetas Bleeding Display, está nos bastidores a ser besuntado com sangue animal. Ostenta uma corrente enorme ao pescoço. Perguntam-lhe: “tens a chave?”, e a resposta é afirmativa. Na lateral de palco, dirigem-nos o olhar para um enorme machado, que será erguido por Afonso perto do final da performance. Tudo isto, que parece grotesco aos olhos de quem nunca sequer ouviu as palavras grindcore ou brutal death metal, faz parte do espetáculo.

- E o que é grindcore?
- O grindcore é tipo assim: rah! Rah rah rah rah! Rah rah rah rah rah rah !

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