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“O vento no Alentejo não tem a coragem de passar erguido, passa sempre ajoelhado”: há outro fado em Ricardo Ribeiro

Ricardo Ribeiro
Ricardo Ribeiro
Rita Carmo

No belo “Terra que Vale o Céu”, Ricardo Ribeiro aprimora um fado temperado pelos sons do Mediterrâneo e pelas cores da sua ‘nação’ adotiva, o Alentejo. “O que é uma açorda de alho? Água, coentros, um fio de azeite e alho. E é um petisco dos céus. Na música, é também isso que me fascina: a coisa simples que de repente se torna grandiosa”

“O vento no Alentejo não tem a coragem de passar erguido, passa sempre ajoelhado”: há outro fado em Ricardo Ribeiro

Lia Pereira

Jornalista

Erguem-se, na árvore genealógica da música de Ricardo Ribeiro, vários ramos de origens distintas que sustentam uma mesma copa, rica e frondosa. A paixão pelo fado é o pilar mais evidente desta obra: inspirado por vultos como Fernando Maurício, que considera ter sido o seu mestre, e pela “importantíssima” Beatriz da Conceição, o músico alfacinha, nascido no bairro da Ajuda há 42 verões, teve uma infância “conturbada”, à qual não faltou, porém, alimento musical. “A minha mãe tinha uma coisa muito estranha na voz, parecia uma oração”, contou no podcast “Posto Emissor”, da “Blitz”, recordando os dias em que a ouvia cantarolar, enquanto limpava a casa. “E tinha também algo que parecia um pregão, uma coisa muito linda da terra. É um canto que me seduz. Aliás, eu tenho muito dessa maneira de cantar.”

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