
Na reta final de 2023, recordamos os melhores álbuns nacionais do ano para a equipa da BLITZ. Em terceiro lugar está “Zeitgeist”, o retrato da reinvenção de Legendary Tigerman, com um elenco de grandes mulheres
Na reta final de 2023, recordamos os melhores álbuns nacionais do ano para a equipa da BLITZ. Em terceiro lugar está “Zeitgeist”, o retrato da reinvenção de Legendary Tigerman, com um elenco de grandes mulheres
Fotojornalista
Jornalista
Tudo começou no Lux, discoteca de Lisboa que, por estes dias, comemora 25 anos de aventuras. Paulo Furtado, roqueiro dos sete costados que há coisa de 20 anos conhecemos como Legendary Tigerman, foi lá ver um concerto. Já não se recorda se era uma banda ou “um produtor” que atuava, mas o que ouviu fê-lo pensar no que andava a fazer. “Estava um bocado farto”, confessa, explicando a génese do novo “Zeitgeist”. “E tive uma epifania. O concerto era uma coisa meio tecno e agressiva, e de repente percebi que as colunas tinham capacidade para um espectro que eu nunca iria ocupar, a tocar guitarra e bombo. Então meti na cabeça que iria construir este disco de outra maneira”, desvendou ao Expresso em julho, minutos antes de subir ao palco do Super Bock Super Rock, no Meco, onde apresentou pela primeira vez as canções do seu novo álbum. O trabalho que tem vindo a desenvolver em bandas sonoras para filmes e peças de teatro, “bastante diferente do que as pessoas conhecem como Tigerman”, foi outro dos ingredientes que quis usar no seu menu. Tudo para, aos 53 anos, mudar a perceção que o mundo tem de si. “Acho que as pessoas tinham a ideia de que eu era uma one man band, ou então aquele gajo do rock e do punk”, diz. “Debaixo da terra, eu sou mais algumas coisas do que isso.”
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: LIPereira@blitz.impresa.pt