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António Garcez: “Perguntei ao José Cid: ‘um gajo como tu para que precisa destas azeiteiradas?’ Não falou comigo durante anos”

António Garcez
António Garcez
Rita Carmo

António Garcez, veterano do rock português, homem da frente em bandas como Arte & Ofício, Roxigénio e Stick, recorda ‘desencontros’ antigos com José Cid, desencadeados quando este, em 1980, lhe mostrou uma canção nova de musicalidade mais ‘ligeira’. “Passados uns anos, encontrei-o numa estação de serviço, nos Estados Unidos, e ele diz-me ‘eh pá, eu conheço-te””. Um episódio para ouvir no Posto Emissor

Nome histórico do rock em Portugal nos anos 70 e 80, António Garcez (Arte & Ofício, Roxigénio) continua, aos 75 anos, sem papas na língua.

Numa conversa em ‘roda livre’, na mais recente edição do podcast Posto Emissor, o músico de Matosinhos, quando questionado se, nos seus primeiros passos na música, o Quarteto 1111 eram a banda nacional de referência, Garcez responde: “Já tínhamos tido bandas melhores, o Quarteto Académico, os Sheiks… Mas isso não tira talento ao José Cid.”

Mais tarde, em 1980, já nos Roxigénio e em pleno ‘boom’ do rock português, Garcez e Cid deixaram de falar por causa de um êxito ‘popular’, longe de territórios rock, que Cid lhe mostrou. “[Depois de ouvir], perguntei ao José Cid: ‘um gajo como tu para que precisa destas azeiteiradas?’ Não falou comigo durante anos”, conta Garcez, que identifica depois o momento do reencontro, nos Estados Unidos, país para o qual se mudou em 1985. “Passados uns anos encontrei-o num estação de gasolina, virei-me para ele e disse-lhe: ‘Hey motherf…! What the f… are you doing here?’. E ele: ‘eh pá, eu conheço-te!’”

Ouça a história completa a partir dos 24 minutos e 35 segundos:

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: blitz@impresa.pt

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