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António Garcez: “A seguir ao 25 de Abril, os comunistas estavam a caçar fascistas e cuspiram-me no Porsche. Depois viram que era eu”

António Garcez
António Garcez
Rita Carmo

“É o António Garcez, abre, abre!” Convidado mais recente do podcast Posto Emissor, um dos ‘pais’ do rock português (Arte & Ofício, Roxigénio) regressa ao período imediatamente a seguir à Revolução de Abril, para recordar o dia em que, ao volante do potente bólide que conduzia no auge da fama, foi intercetado por populares na Ponte Luís I, entre o Porto e Gaia

Figura marcante do rock em Portugal nos anos 70 e 80, António Garcez foi um dos mais intensos ‘frontmen’ da música nacional da época: com os Pentágono tocou em festas de alta sociedade, em Arte & Ofício palmilhou palcos de todo o país, nos Roxigénio foi rocker duro e debochado, tendo depois partido para os Estados Unidos, onde vive até hoje.

No Posto Emissor, o artista, que por estes dias está em Portugal para regravar o single a solo de 1982 ‘Onde É que Está o Capital?’, recordou o período imediatamente a seguir ao 25 de Abril, quando começou a percorrer o país a ‘bordo’ de Arte & Ofício, uma das bandas de rock mais populares da época, e se tornou famoso.

“Atravessei a ponte Luis I [entre Porto e Gaia] de Porsche e os comunistas estavam ali todos a caçar fascistas e cuspiram-me no carro. Eu até era de esquerda, mas não tinha medo de ninguém. Eles viram que era eu… ‘É o António Garcez, abre, abre!’”

Ouça a história completa a partir dos 31 minutos e 57 segundos:

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: blitz@impresa.pt

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