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António Garcez (Roxigénio): “Eu mostrava o rabo, insultava a polícia, mandei apedrejar a GNR. No rock, quanto mais delinquente melhor”

António Garcez
António Garcez
Rita Carmo

No podcast Posto Emissor, António Garcez, veterano vocalista de Arte & Ofício e Roxigénio, recordou os tempos do ‘boom’ do rock português do arranque dos anos 80, as atuações abrasivas que protagonizava e os episódios atribulados em que se viu envolvido. “Quando as pessoas iam aos meus concertos, perguntavam: ‘o que é que vai acontecer hoje?’” Uma noite, conta no podcast da BLITZ, ia ‘acontecendo’ cadeia

Figura proeminente do rock em Portugal nos anos 70 e 80, António Garcez foi um dos mais intensos ‘animais de palco’ da época. Recém-chegado dos Estados Unidos para gravar uma nova versão do single a solo de 1982 ‘Onde É que Está o Capital’, o artista nascido há 75 anos em Matosinhos é o convidado desta semana do Posto Emissor, onde recordou o fulgor do ‘boom’ do rock português, quando liderava os Roxigénio.

“No rock, quanto mais delinquente melhor. Eu punha as calças abaixo, mostrava o rabo, a parte da frente, insultava a polícia, mandava apedrejar a GNR quando não nos deixavam tocar”, rememora, lembrando um episódio ocorrido num concerto onde a sua banda partilhou palco com os Jafumega. “Claro que no fim estavam à minha espera para me levar para a cadeia. Quando as pessoas iam aos meus concertos, perguntavam: ‘o que é que vai acontecer hoje?’”

Ouça este episódio a partir dos 9 minutos e 40 segundos:

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