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O sonho a dois de Devendra Banhart: em Lisboa e Braga

“Flying Wig” é o 11º álbum de Banhart, feito em colaboração próxima com a artista e produtora galesa Cate Le Bon
“Flying Wig” é o 11º álbum de Banhart, feito em colaboração próxima com a artista e produtora galesa Cate Le Bon
Dana Trippe

De volta para dois concertos, o cantor e compositor americano-venezuelano desvenda os segredos (e a inspiração portuguesa) de “Flying Wig”, o seu novo álbum

Foi a um poema do japonês Kobayashi Issa, autor e sacerdote budista do século XVIII, que Devendra Banhart foi buscar inspiração para “Flying Wig”, o seu 11º álbum de originais. Na comunicação que fez do disco, explicou ter-se enamorado da ideia que o mesmo lhe passou, e que passa pela metamorfose do desespero em esperança. Ao Expresso, porém, esclarece: “Essa é apenas a minha interpretação do que o poema diz. Para outra pessoa, pode ser sobre ir ao dentista. Mas para mim é isso, sem dúvida. E, se conseguires fazer isso, tens ali um superpoder”, acredita, defendendo, entre risos, a criação de uma quadrilha de super-heróis alternativos. “Gosto muito dos filmes de X-Men e Avengers, mas podia haver personagens com novos poderes: um não levava as coisas a peito, outro conseguia pegar no medo das pessoas e transformá-lo em coragem, o outro tornaria o desespero em esperança.” Super-heróis sem ego? “Sim, um super-herói que salvasse, mas depois dissesse: ‘Não fui eu, fomos nós!’”, brinca. “E também devia haver um que simplesmente cozinhasse muito bem. As pessoas estavam a ser atacadas por extraterrestres de outra dimensão, os super-heróis salvavam-nas e depois vinha o herói cozinheiro e servia-lhes uma bela refeição.”

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.

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