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Música nova para o fim de semana: o regresso de James Blake, a estreia a solo da voz dos The XX e a carta de amor de Salvador Sobral

James Blake
James Blake
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É a rentrée a mostrar as suas cores: na primeira sexta-feira de setembro, há novidades dos britânicos James Blake, The Chemical Brothers e Romy, vocalista dos The XX, e também da irlandesa Róisín Murphy e da norte-americana Olivia Rodrigo. Salvador Sobral e Luca Argel juntam-se à festa da música nova

Com a chegada iminente do outono, aumenta o ritmo dos lançamentos discográficos. Nesta segunda sexta-feira de setembro, o regresso do britânico James Blake, com o álbum “Playing Robots Into Heaven”, é um dos destaques. Produzido pelo próprio, o sexto álbum de James Blake não conta, ao contrário dos seus anteriores lançamentos, com qualquer convidado, e foi descrito pela revista “DIY” como “simultaneamente nostálgico e inovador”. Lançado esta quinta-feira, tem em ‘Tell Me’ é o single mais recente.

Outro regresso é o de Róisín Murphy, que esta sexta-feira lança “Hit Parade”. O sexto álbum a solo da outrora vocalista dos Moloko foi produzido por DJ Koze e é apresentado pela artista irlandesa como “vibrante e explodindo de cor”. ‘You Knew’ é o single mais recente de Róisín Murphy, que em julho esteve em Portugal, para um concerto no Super Bock Super Rock.

Vocalista dos ingleses The xx, Romy Madley Croft, mais conhecida como Romy, lança hoje o seu primeiro álbum a solo. Escrito durante a pandemia, quando a cantora sentia a falta de sair à noite, “Mid Air” foi inspirado, segundo a autora, pela pop dançável dos anos 00 e pela trance pop. Romy disse também ter sido influenciada pela canção ‘One Kiss’, de Calvin Harris e Dua Lipa, e pelos Everything and the Girls, definindo o álbum como “uma coleção de canções que celebram o amor, abordam a perda e exploram a identidade”.

Veteranos da música eletrónica, os Chemical Brothers lançam hoje “For That Beautiful Feeling”. O décimo álbum dos britânicos antecede a publicação de um livro, “Paused in Cosmic Reflection”, que em outubro compilará entrevistas com a dupla e com os seus amigos e colaboradores de longa data, como Noel Gallagher, Beck ou Beth Orton.


Hoje é também o dia de “Guts”, o segundo álbum da cantora e atriz Olivia Rodrigo. Depois do sucesso de “Sour”, lançado em 2021, a jovem de 20 anos regressa com um disco que diz refletir o crescimento acelerado que sentiu nos seus dois últimos anos de vida.

Em Portugal, Salvador Sobral revela hoje um novo single do seu próximo álbum, “Timbre”. A canção chama-se ‘de la mano de tu voz’ e conta com a participação de Silvana Estrada. O tema é descrito como “uma carta de amor a Sìlvia Perez Cruz", uma das maiores referências de ambos os cantores.

A palavra a Salvador Sobral: “Sílvia Perez Cruz é uma fonte inesgotável de inspiração para mim – na música e na vida. Esta canção foi feita para ela. Quando ficou concluída pareceu-me estranho pedir à Sílvia que cantasse comigo uma música sobre ela, pelo que surgiu a ideia de fazer o convite a alguém que partilhasse a mesma admiração. E foi assim que nasceu o convite à Silvana, também ela uma artista que muito estimo, a voz dela tem aquela junção entre tradição e transgressão que a torna tão profunda, única e especial. Quando partilhámos o palco em Madrid, tivemos oportunidade de falar sobre o que nos inspira e descobrimos que nos une, entre outras coisas, a adoração pela Sílvia que partilhamos igualmente com a Lucia Fumero, exímia pianista de Barcelona.”

“Timbre”, o novo disco de Salvador Sobral, sai a 29 de setembro.

Terminamos com “Gêmeos de Gêmeos”, um novo EP do músico luso-brasileiro Luca Argel. Partindo da canção ‘Gêmeos', incluída no álbum “Sabina”, lançado em fevereiro, o cantor-compositor apresenta, neste EP, duas versões alternativas desse tema. “E uma é o extremo da outra. Tão opostas que se tocam pelo avesso", pode ler-se em comunicado. “Nenhuma usa instrumentos. Pelo menos não no sentido mais comum da palavra. A primeira foi toda produzida com sons eletrónicos. E a segunda, apenas com sons do corpo. Ligando tudo, do princípio ao fim, a voz. Quer dizer: as vozes. Muitas vozes. Afinal, dentro de cada um, somos múltiplos. Nenhum de nós é um só.”

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: blitz@impresa.pt

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