São 14h30 quando, com pontualidade britânica, uma das maiores estrelas da televisão norte-americana – o apresentador e humorista Jimmy Fallon – assoma no palco do belíssimo Hackney Empire, um teatro na zona oriental de Londres, construído em 1901 e outrora cenário de espetáculos de Charlie Chaplin, Judy Garland ou Duke Ellington. Fallon, que já protagonizara o vídeo com que os Rolling Stones anunciaram este evento, transmitido em ‘live streaming’ para todo o mundo, apresenta-se perante a plateia, composta por fãs expectantes e jornalistas de toda a parte, tentando imitar os famosos “moves” de Mick Jagger. Depois de uma breve apresentação, na qual salienta o inacreditável percurso da banda de ‘Satisfaction’ – 250 milhões de discos vendidos e a ‘invenção’ da cultura pop são algumas das proezas que lhes são atribuídas –, o teatro quase vem abaixo. Esbeltos e ágeis no seu preto muito rock and roll, Mick Jagger, Keith Richards e Ronnie Wood surgem perante os mortais. De braços no ar, triunfantes, depois de décadas ao serviço de um ofício que ajudaram a criar. “Estamos aqui!”, proclama Jagger, que no passado mês de agosto soprou 80 velas. Quem não está, lamentar-se-á mais à frente, é Charlie Watts, baterista, fundador e símbolo de elegância dos Stones, desaparecido há dois verões. Também a ele é dedicado o novo “Hackney Diamonds”, o álbum que aqui se apresenta, na zona de Londres do mesmo nome.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: LIPereira@blitz.impresa.pt