Desde 2014, ano em que, provando a transversalidade do seu apelo, se apresentou no festival Primavera Sound, no Porto, que Caetano Veloso tem vindo a Portugal praticamente todos os anos, geralmente para várias datas. Apenas no ano passado — e em 2020, malfadado primeiro ano da pandemia — os fãs nacionais não puderam ver o mito da música popular brasileira (MPB) ao vivo, a cores e com uma vivacidade que parece contrariar a passagem do tempo. Porém, aos 81 anos, é possível que um dos gigantes da música do século XX se prepare para deixar os palcos — ou, pelo menos, para abandonar o ritmo frenético das digressões internacionais. No passado mês de junho, avisou, numa entrevista ao jornal uruguaio “El Observador”, que a tournée que, a partir de sábado, o traz a Portugal (três concertos no Coliseu de Lisboa, a 9, 10 e 12, e dois no Coliseu do Porto, a 14 e 15) talvez seja a última que faz “voando pelo mundo. Quero voltar a viver na Bahia e cantar lá toda a semana — e que venha à minha terra quem quiser me ver e ouvir”, disse.
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