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Entrevista exclusiva a Dave Gahan, dos Depeche Mode: “Se em casa fosse o que sou em palco, a minha mulher deixava-me. Algumas já o fizeram”

Martin Gore e Dave Gahan (esq.-dir.) fotografados por Anton Corbijn em Los Angeles, no ano passado
Martin Gore e Dave Gahan (esq.-dir.) fotografados por Anton Corbijn em Los Angeles, no ano passado
Anton Corbijn

Depois da morte inesperada do teclista e fundador Andy Fletcher, os Depeche Mode regressam esta sexta-feira aos discos. Em Londres, o vocalista Dave Gahan falou-nos das armadilhas do ego, das boas recordações que guarda das férias no Algarve e de como a ideia de fim se infiltrou em “Memento Mori”. “Tudo muda quando se perde alguém. Não é possível escapar-lhe”, confessa o artista de 60 anos, um autêntico sobrevivente. Uma saborosa entrevista para ler (ou reler) aqui

Ao longo dos últimos 43 anos, os Depeche Mode conseguiram manter um vigor sem grandes paralelos entre as bandas nascidas de uns anos 80 vividos entre a hegemonia das guitarras e o crescente apelo dos sintetizadores. Sucesso atrás de sucesso, a banda criada precisamente em 1980 por Dave Gahan, Martin L. Gore, Andy Fletcher e Vince Clarke — que pouco depois anunciaria a sua saída, seguindo caminho primeiro com os Yazzo e depois com os Erasure — foi cimentando um estatuto que lhe permite, quatro décadas depois, continuar a gravar álbuns e a esgotar concertos um pouco por todo o mundo. No final de maio de 2022, quando Gahan e Gore, força criativa do coletivo britânico, se preparavam para mostrar a Fletcher as canções em que tinham andado a trabalhar e que integrariam o novo álbum, “Memento Mori” (sai dia 24), era divulgada a notícia da morte inesperada do teclista, vitimado, saber-se-ia mais tarde, por uma dissecação aórtica. Na apresentação oficial daquele que é o 15º longa-duração dos Depeche Mode, em outubro passado, os dois músicos revelavam que quer o alinhamento quer o título tinham sido decididos antes do desaparecimento de Fletcher. “‘Memento Mori’ significa ‘lembra-te de que vais morrer’. Soa muito mórbido, mas a ideia que queremos passar é a de que temos de viver todos os dias como se fossem o último”, esclareceu Gore, acrescentando que a dupla sentiu “muito a falta do Fletch durante as gravações” e que ele “teria adorado este álbum”. “Decidimos continuar, depois de o Fletch morrer, porque temos a certeza de que ele quereria que o fizéssemos. E isso deu ao álbum todo um novo significado.”

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