O magistral melodrama minhoto dos Glockenwise: bem-vindos ao “Gótico Português”

“Que disco é que podes fazer quando só te apetece chorar?” Foi a esta pergunta, surgida na era da pandemia, que os Glockenwise, nascidos em Barcelos há dezasseis anos, tentaram responder com “Gótico Português”, o seu novo disco. Pouco tempo se tinha passado desde o lançamento do seu antecessor, “Plástico” (2018), quando as cores — sombrias, elegantes — do quinto álbum se começaram a avizinhar no horizonte. O confinamento e todos os constrangimentos que o mesmo trouxe a uma banda cujos membros vivem entre Porto e Guimarães atrasaram o processo que, numa fase inicial, acabou por se centrar mais na troca de ficheiros pelo WhatsApp do que na habitual energia da sala dos ensaios. Depois de lapidados os diamantes, já de forma presencial, os Glockenwise viram-se com um objeto bem distinto de “Plástico” em mãos.

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