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Manuel Fúria: “Tentei evitar ser cancelado por não dizer as coisas que a nova ortodoxia diz que temos de dizer”

Manuel Fúria
Manuel Fúria

“Estes novos puritanismos que existem em relação a temas como o homem e mulher, ou as identidades. Estive durante um tempo a ser lápis azul de mim próprio. Isso não era bom”, afirma em entrevista à Rádio Renascença Manuel Fúria, ex-vocalista de Os Golpes, que acaba de lançar um novo álbum

Manuel Fúria, que há cerca de um mês lançou um novo álbum, de título “Os Perdedores”, afirmou que o intervalo de cinco anos entre este trabalho e o anterior, “Viva Fúria”, se ficou a dever ao desejo que sentiu de se afastar temporariamente do mundo da música.

Em entrevista ao site da “Rádio Renascença”, o músico explica: “Estava a sufocar [n]aquilo que faço, [sentindo] um fardo de escolher as palavras certas, tentar evitar ser cancelado por não dizer as coisas que a nova ortodoxia diz que temos de dizer, seguir ou fazer."

Concretizando, Manuel Fúria diz: “Estes novos puritanismos que existem em relação a temas como o homem e mulher, ou as identidades, etc. Estive durante um tempo a ser lápis azul de mim próprio. Isso não era bom e estava a ser fator de angústia, porque a arte não deve estar refém deste tipo de condicionamentos.”

Na mesma entrevista, Manuel Fúria fala também da forma como vive a sua fé. “Ser um católico verdadeiro é um desafio permanente de negação, de contenção, de nãos. Isso não é fácil, especialmente num mundo que promove o consumo desenfreado, uma liberdade perniciosa, uma série de solicitações num ambiente de hipersexualização. (…) Não é só esse pecado, mas também o da gula”, lembra, mencionando “o culto da comida, dos restaurantes e dos chefes”.

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