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“É difícil separar a identidade portuguesa do fado. Está na hora de cristalizar uma nova”: Slow J de regresso

Slow J
Slow J
Chris Costa

No momento em que abre caminho a um novo álbum com a canção ‘Where U @’, Slow J quer ajudar a construir uma nova identidade portuguesa, para lá do fado. Em entrevista à BLITZ, fala, também, sobre a pressão das redes sociais, aquilo que influenciou a criação das novas canções e a liberdade que dá a quem o ouve de interpretar a sua música

Ao fim de praticamente três anos e meio desde a edição do muito elogiado segundo álbum, “You Are Forgiven”, Slow J começa a levantar o véu que ainda cobre o novo trabalho. ‘Where U @’, a porta de entrada para o vindouro terceiro longa-duração, a editar este ano, foi desvendado na companhia do artista plástico cabo-verdiano Fidel Évora, responsável pelo trabalho gráfico quer da nova canção quer do álbum, num evento na galeria Underdogs, em Lisboa. Em conversa com a BLITZ, sem adiantar muito sobre aquilo que se ouvirá no novo disco, o músico luso-angolano defendeu que lhe interessa contribuir, com a sua música, para a desconstrução da identidade portuguesa tal como é entendida hoje.

“Quando era miúdo, o Valete era o rapper mais ouvido do país e já estava a ter um impacto grande, mas provavelmente não passava na MTV. Gradualmente, fomos chegando a um ponto em que tens o T-Rex, os Wet Bed Gang, o Ivandro, que domina os tops nacionais, tanta gente, e sentes que as pessoas portuguesas se identificam com a música deles”, defende, “aquela música é nossa, não podia acontecer noutro lado. Tal como o Dino D’Santiago. E eu começo a questionar-me: ‘OK, mas porque é que nós não chamamos a isto música portuguesa? Porque é que quando os estrangeiros chegam ao aeroporto dizemos que é o fado?’. Sinto que estou só a tentar colocar mais uns tijolos nessa casa que estamos a construir”.

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