“A minha grande luta é continuar a não ser famoso”. Por muito que queira afastar-se de holofotes que não apontem para um palco, Miguel Araújo é, hoje, um dos nomes mais populares da música feita em Portugal. Seis anos depois de deixar Os Azeitonas para se dedicar a uma frutífera carreira a solo, o músico nortenho edita “Chá Lá Lá”, o quinto álbum de originais (sexto, se contarmos com a banda sonora da série “Esperança”, editada no final do ano passado), e prepara-se para apresentá-lo em grandes salas de Lisboa e Porto - atua no Campo Pequeno a 7 de abril e na Super Bock Arena a 22 de maio. Em conversa com a BLITZ, Araújo fala de um ano produtivo, das mudanças que a pandemia trouxe à sua vida (incluindo a decisão de dar menos concertos), da aversão que tem a moralismos, da inocência que gosta de alimentar nas suas canções e da relação criativa que mantém com o amigo António Zambujo. Os tempos boémios que passou com Os Azeitonas, para os quais olha não com saudades mas com sensação de “dever cumprido”, e o desafio de manter o seu “otimismo crónico” em tempos conturbados foram outros dos assuntos abordados numa entrevista desempoeirada.
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