Há uma imagem que se repete ao longo das quase duas horas de “Meet Me in the Bathroom”, o documentário de Will Lovelace e Dylan Southern que esta sexta-feira, 18 de novembro, se estreia no festival Porto/Post/Doc, na Invicta. Nesses breves frames, com a qualidade visual que, à distância de duas décadas, nos parece quase vintage, um jovem Julian Casablancas olha a câmara com uma expressão enigmática. Se, por um lado, somos confrontados com um semblante quase de criança, pleno de inocência, por outro uma sombra parece assomar no rosto do vocalista dos The Strokes, que molha os lábios com ar de desafio. Não será por acaso que aqueles segundos aparecem no começo, a meio e no final do filme: afinal, “Meet Me in the Bathroom”, documentário que parte do livro do mesmo nome de Lizzy Goodman sobre a cena rock de Nova Iorque do início dos anos 00, navega entre a euforia causada pelo surgimento de numerosas bandas e a melancolia de histórias que começam bem e ameaçam descambar - como a dos Strokes - ou as dos “patinhos feios”, que invejam a sorte dos camaradas mais bem sucedidos.
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