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Lewis Capaldi fala de ansiedade meses após cancelar concerto no festival Sudoeste: “Não ia tomar montes de cocaína, não são os anos 70”

Lewis Capaldi fala de ansiedade meses após cancelar concerto no festival Sudoeste: “Não ia tomar montes de cocaína, não são os anos 70”
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O cantor e compositor escocês, que este verão cancelou o concerto no MEO Sudoeste minutos antes da subida ao palco, fala sobre a sua experiência com a Síndrome de Tourette. “Não tenho problema em cancelar concertos. Se estiver em palco cheio de tremeliques e com um ataque de pânico, não é só traumático para mim, é mais taumático para os outros”

O escocês Lewis Capaldi, cujo concerto no MEO Sudoeste no passado mês de agosto foi cancelado minutos antes da hora prevista para o seu começo, deu uma entrevista ao jornal “The Guardian”, na qual fala sobre os ataques de pânico de que sofre, bem como da Síndrome de Tourette que lhe foi diagnosticada e à qual atribui o seu comportamento errático em palco.

Sobre a ansiedade que demonstrou nos seus primeiros concertos em grandes arenas, em 2019, o cantor-compositor explica: “Claro que estava apavorado. Eram os maiores concertos da minha vida. Estava a perceber a dimensão que as coisas tinham ganho e estava [cheio de medo].”

Os tiques que Lewis Capaldi mostrou em concertos como os da Wembley Arena, em 2020 em Londres, levaram os comentadores online a acreditar que o músico estava sob o efeito de cocaína. “Alguém escreveu no Twitter: ‘ele estava visivelmente drogado, percebia-se pela forma como se mexia e como falava’. Mas eu já sou uma pessoa ansiosa, acham que ia mesmo meter montes de cocaína antes de me apresentar frente a 12 mil pessoas? Não estamos nos anos 70. Eu não sou o Tommy Lee. Não conseguiria safar-me com uma coisa dessas. E, quando estão sob o efeito da cocaína, as pessoas até têm uma linguagem corporal descontraída. Dizem é muita porcaria, coisa que eu também faço”, diz, entre risos.

Hoje, Lewis Capaldi tem tentado contrariar os sintomas da Síndrome de Tourette, adotando hábitos saudáveis. “Tomo canábis medicinal e já fiz terapia comportamental, com a qual se tenta transformar os nossos tiques em algo menos invasivo. Até agora, nada resultou. O que funciona é comer bem, fazer exercício, fazer terapia, beber menos álcool. E eu tenho fases: às vezes fico dois meses sem beber, a comer bem. Vou ao ginásio e perco algum peso, sinto-me ótimo e penso: ‘que seca, tenho de me libertar um bocado.’ Tenho de encontrar um equilíbrio na minha vida.”

Na mesma entrevista, o autor, que em 2023 lançará o segundo álbum, diz que teria abortado a digressão de 2020 pelos Estados Unidos mesmo que a mesma não tivesse sido cancelada pela pandemia, e que poderá voltar a fazer mesmo. “Não tenho problema nenhum em cancelar essas coisas, nem eu nem ninguém à minha volta. Se estiver em palco cheio de tremeliques e com um ataque de pânico, não é só traumático para mim - até é mais traumático para os outros.”

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