Björk deu uma entrevista ao “NME” na qual elogiou a chamada geração Z pela sua postura “radical” - lamentando ter sido, no passado, alvo de sexismo por parte da indústria e da imprensa musicais.
A artista islandesa afirmou “não conseguir descrever” o quão feliz se sente por ‘Running Up That Hill’, de Kate Bush, ter voltado à ribalta pela mão das gerações mais jovens.
“Nos anos 80 e 90, os críticos ocupavam-se com tipos do rock que cantavam sobre mamas, cerveja e o consumo de heroína. Compor sob o ponto de vista de uma mulher era considerado uma arte menor”, desabafou.
“Sempre achei ofensivo escreverem que a Kate Bush era louca, ou uma bruxa - ou que falassem de mim como um duende maluco. Somos produtoras. Há 20 anos que escrevo a minha música. Não estou a vangloriar-me, mas se fosse homem, levavam-me mais a sério”.
“A Geração Z consegue olhar para as produções de uma mulher ou para o mundo de uma mulher, e não achar isso de loucos, ou algo que deva ser ridicularizado ou temido”, rematou.
O novo álbum de Björk, “Fossora”, foi lançado esta sexta-feira.
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