25 setembro 2022 15:18

angela ricciardi
Uma das cantoras indie mais populares em Portugal, Angel Olsen está de volta a Lisboa para dois concertos. Ao Expresso, falou sobre o disco que gravou após revelar ser gay e perder a mãe e o pai no espaço de dois meses. Aprender a rir da dor é um dos seus motes
25 setembro 2022 15:18
O ano de 2021 foi duro para Angel Olsen, a cantora-compositora que Portugal se habituou a aplaudir, ao longo da última década. Depois de revelar, à família e aos fãs, ser homossexual, a norte-americana viu morrer, no espaço de dois meses, a mãe e o pai, que a adotaram em bebé. Como reação, ‘fugiu’ de Asheville, cidade da Carolina do Norte onde vive, para a Califórnia onde, no cenário idílico de Topanga Canyon, gravou “Big Time”, um álbum que quis que soasse clássico. “Já fiz discos experimentais, já tentei ter uma banda de rock psicadélico… agora, só quis que a minha voz estivesse à frente outra vez. Sem esquisitices”, explica, sempre com determinação férrea, numa entrevista na qual se detém, também, sobre os direitos das mulheres, a importância de “sairmos do Instagram” e aquilo que os políticos portugueses podiam fazer para contrariar o impacto negativo do turismo. Angel Olsen toca no Capitólio, em Lisboa, segunda e terça-feira
Até agora, cada um dos seus álbuns tem soado bastante diferente do anterior. Tenta não se repetir?
Sim, mas também me canso de certos sons e evoluo para outros. Quando faço alguma coisa, fico entusiasmada, mas depois tenho de tocar essas canções até à exaustão. E quando acabo, penso: “Falhou-me isto e aquilo, para a próxima tenho de o fazer melhor.” Ou então: “Já estou tão cansada disto...” Se não tivesse de voltar a tocar a ‘Shut Up Kiss Me’ [êxito de 2016], ficava tão feliz! Mas não posso, tenho de tocar. Acho que o novo disco tem mais a ver com a fase que estou a atravessar, na minha vida. E é mais representativo disso do que os anteriores.
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