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Roger Waters escreve carta aberta à primeira-dama da Ucrânia para sugerir rendição: “Atirar gasolina para o fogo não resulta”

Roger Waters
Roger Waters
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Roger Waters pediu a Olena Zelenska para que “pare com o massacre”, nem que para isso a Ucrânia tenha que perder território. E insinua que foram “as forças nacionalistas extremistas” ucranianas a “ultrapassar as várias linhas vermelhas” traçadas pelos vizinhos russos

Roger Waters escreveu uma carta aberta a Olena Zelenska, primeira-dama da Ucrânia, em que apela pelo fim da guerra - argumentando que os ucranianos devem aceitar a autonomia dos territórios de Donetsk e Luhansk, reinvindicados pela Rússia.

Na sequência de uma entrevista de Zelenska à BBC, na qual esta afirma que o apoio do ocidente será fulcral para que a guerra termine rapidamente, o ex-Pink Floyd propôs “um caminho alternativo”.

“Se ‘apoiar a Ucrânia’ significa enviar mais armas ao governo de Kiev, está completamente enganada”, escreveu. “Atirar gasolina, ou seja, armas, para o fogo não resulta".

Waters diz que o presidente Volodymyr Zelensky “mostrou ter boas intenções, no passado”, referindo-se a declarações feitas em 2019, segundo as quais Zelensky prometeu “acabar com a guerra civil no leste e dar autonomia às regiões de Donetsk e Luhansk”.

“Podemos assumir que as políticas eleitorais do seu marido não caíram bem junto de determinadas fações políticas em Kiev”, continua o músico. “Infelizmente, o seu marido concordou em menosprezar, de uma forma totalitária e antidemocrática, a vontade do povo ucraniano".

“As forças nacionalistas extremistas que desde então mandam na Ucrânia ultrapassaram as várias linhas vermelhas traçadas pelos vossos vizinhos, a Rússia. Como consequência, foram esses mesmos nacionalistas extremistas a conduzir o país para esta guerra desastrosa”.

Leia a carta aberta de Roger Waters, na íntegra:

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