Na primeira edição do Vodafone Paredes de Coura desde a pandemia, o primeiro dia do festival é dedicado em exclusivo à música portuguesa. Ao todo, 20 bandas e artistas passarão pelos dois maiores palcos do evento, numa 'maratona' que começa às 14h00 e que está a deixar os participantes tão entusiasmados como expectantes.
À BLITZ, João Carvalho, diretor do festival, explicou que este alinhamento é uma forma de "dar um contributo" ao setor da música, que em Portugal foi gravemente afetado pela pandemia. "Talvez me tenha entusiasmado em demasia com a ideia", confessa. "De repente tenho 20 bandas [num dia], o que é complicado de gerir em termos humanos e vai ser doloroso, não só em termos físicos como emocionais, para as equipas. Vai ser um trabalho árduo, mas achei que tinha de dar esse contributo a um setor que sofreu muito e para o qual o Governo olhou pouco".
Presença habitual em Paredes de Coura, quer como espectador quer em cima do palco, onde já atuou sete vezes, Adolfo Luxúria Canibal marcará presença, com os seus Mão Morta, neste primeiro dia de festival. E preparou um espetáculo especial: "Arriscámos apresentar o nosso último álbum de forma integral, a ver se somos mortos vivos ou se damos a volta ao texto", brinca, mostrando porém alguma preocupação com a duração do disco de 2019, "No Fim Era o Frio", e a duração do concerto. "O último álbum é um tema único de 50 minutos e só nos dão 45 minutos para tocar. Arriscamos e esperamos que nos cortem o pio?" alvitra. Importante, porém, é fazer coisas novas: "Tocar sempre o mesmo repertório não nos dá tusa nenhuma".
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