Os Calema quiseram trazer o verão de volta ao MEO Sudoeste. Ficou quentinho, mas não escaldou
Na estreia da dupla dos irmãos Mendes Ferreira no MEO Sudoeste, houve muita dança e uma boa dose de romantismo, celebrados por um público conhecedor
Na estreia da dupla dos irmãos Mendes Ferreira no MEO Sudoeste, houve muita dança e uma boa dose de romantismo, celebrados por um público conhecedor
Jornalista
Fotojornalista
Numa noite a vários ritmos na Zambujeira do Mar, marcada por um frio pouco acolhedor, o balanço dos santomenses Calema foi bem-vindo. Naquela que foi a estreia da dupla composta pelos irmãos António e Fradique Mendes Ferreira no palco do MEO Sudoeste, a faixa etária do público presente no recinto subiu uns bons degraus, com famílias inteiras a celebrar as canções ritmadas e quentinhas da discografia do duo. Depois de um início forte na percussão, o romantismo rebentou a escala ao som de ‘Vai’, com as vozes dos irmãos a contagiarem-se num equilíbrio hipnotizante.
“MEO Sudoeste, quem veio aqui para dançar? Quero ver essas mãos no ar”, exclamam os dois cantores, que se apresentam em palco por uma banda bem segura, antes de atacarem ‘Bulawê’ com o sangue a ferver. “Tanto orgulho por fazer pela primeira vez este palco. Para nós, estar aqui é um marco”, confessam antes de seguir para a canção que “resume a nossa luta e o nosso acreditar”, a sensível balada ‘Bomu Kêlê’, guiada por guitarra acústica e saxofone.
O registo baladeiro mantém-se com ‘Abraços’, dedicada “a todos os que sentiam falta de um abraço apertado” e o coro agigantou-se, depois, com o sucesso ‘Onde Anda’, criando o balanço certo para receber Soraia Ramos, com quem cantam em dueto ‘Kua Buaru’ e ainda um excerto de ‘O Nosso Amor’. “Vamos fazer subir a temperatura uns 15 graus”, arriscaram antes de seguir por um corridinho ‘Faz o Verão Chegar’. Aqueceu, mas não escaldou. As despedidas seriam servidas, momentos depois, com uma sequência certeira, composta por ‘Amar 24/24’ e ‘Saudades’ e celebrada em peso pela plateia de vozes afinadas.
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