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Jamie xx no Super Bock Super Rock. Assuntos de família, bola de espelhos e... samba

Sem nunca esquecer os seus xx, o produtor londrino Jamie xx matou a sede de dança do público que esta noite se despediu da edição deste ano do Super Bock Super Rock

Jamie xx no Super Bock Super Rock. Assuntos de família, bola de espelhos e... samba

Rita Carmo

Fotojornalista

Com os seus xx ou em nome próprio, James Smith, que o mundo melhor conhece como Jamie xx, já passou por palcos portugueses mais de uma dezena de vezes. Esta noite, coube-lhe a árdua tarefa de encerrar o palco principal da edição deste ano do Super Bock Super Rock, festival onde, de resto, já tinha atuado um par de vezes. E cumpriu-a, com distinção, oferecendo um set eletrizante que matou a sede de dança de todos os resistentes que se deixaram ficar pela Altice Arena depois do concerto dos Foals.

O músico britânico mostrou cedo que não se esquece da família xx mesmo quando assume compromissos musicais sozinho, mostrando a sua versão dançável de ‘*GMT’, novíssimo single a solo do colega de banda Oliver Sim, e regressando mais tarde a território xxiano com uma remistura borbulhante de ‘On Hold’, que o trio editou em 2016. Pelo meio, não se coibiu de guiar a pequena multidão com as batidas redondas da sua ‘Idontknow’ ou uma sequência algo inesperada que juntou ‘Comanche’, clássico do samba de Jorge Ben Jor, e ‘Complexo de Épico’, de Tom Zé.

Empurrando o público para ambientes oníricos e de evasão, entre lasers disparados em todas as direções e o girar de uma bola de espelhos, Jamie xx chegou como um bálsamo apaziguador de três dias intensos de festival e encerrou a atuação, recuando até ao seu genial álbum de estreia, “In Colour”, de 2015, com um intenso ‘Gosh’ banhado a arco-íris.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: MRVieira@blitz.impresa.pt

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