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Metronomy no Super Bock Super Rock: hinos de verão eterno num concerto para ver de calções

Traziam novo álbum para apresentar, mas, claro, os Metronomy entregaram de bandeja ao público acalorado da Altice Arena um espetáculo equilibrado entre a efervescência dos sintetizadores e o registo mais acústico de “Small World”

Metronomy no Super Bock Super Rock: hinos de verão eterno num concerto para ver de calções

Rita Carmo

Fotojornalista

Presença assídua em festivais portugueses, e parte da família Super Bock Super Rock desde 2014, os ingleses Metronomy entraram em palco prontos para fazer a festa neste primeiro dia de festival. “Estávamos à espera de tocar ao ar livre e aqui estamos nós numa arena… mas é bom estar aqui”, disse, a dado momento do concerto o vocalista Joseph Mount, enaltecendo, de seguida, as mais valias de estar em palco de calções. O que é certo é que foi há apenas poucos meses que a banda esteve no país para apresentar o novo disco, “Small World” em Lisboa e Porto, e que os seus hinos de verão eterno encaixam muito melhor no cenário do Meco, onde já os vimos duas vezes, mas a história desta edição do SBSR deu a volta inesperada de última hora que deu e o coletivo jogou com o que tinha. E não era pouco.

Arrancando em modo acústico com ‘Love Factory’, do novo disco, Mount e companhia foram chamando público, ávido da visão mais dançável da banda, com a efervescência das batidas de ‘The Bay’ e os sintetizadores de ‘Corinne’, ambas recuperadas ao disco que os colocou definitivamente do mapa – “The English Riviera”, de 2011. Apesar dos condicionalismos de som da arena, a efervescência nostálgica de ‘Reservoir’ fez a sua magia, bem como a voz da baterista Anna Prior, lisboeta honorária, em ‘Everything Goes My Way’.

Entre os ambientes sonhadores de ‘Things Will Be Fine’, um dos momentos mais intensos de “Small Word” e a guitarra forte de ‘Insecurity’, o concerto foi capturado pela sedução de Prior, que teve o protagonismo em mãos durante uma ‘Boy Racers’ bem carregada de funk e uma velhinha ‘The End of You Too’. Os maiores trunfos ficaram reservados para a sequência final, com ‘Salted Caramel Ice Cream’ a abrir uma sequência sem grandes pausas que incluiu ainda umas ‘Right on Time’, ‘The Look’ (causando euforia generalizada, como sempre) e ‘Love Letters’ que seriam, certamente, muito mais bem aproveitadas ao ar livre. “Obrigado por nos virem ver hoje”, despediu-se Mount, “tenham um bom resto de noite e de festival. É sempre um prazer ver-vos”.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: MRVieira@blitz.impresa.pt

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