A cantora brasileira Anitta falou à imprensa no Rock in Rio Lisboa, a poucos minutos de subir ao palco principal do evento.
Começou por revelar que, cenicamente, o espetáculo que trouxe a Lisboa foi inspirado no que levou ao festival Coachella, nos EUA, mas com "repertório diferente, muita música em português". "Quem me ajudou [a fazer a setlist] foram portugueses. Quando soube que tinha mais 15 minutos [de espetáculo], perguntei a uma menina no aeroporto o que é que deveria cantar mais: esta ou aquela?".
Referindo-se ao episódio da bagagem perdida com os 'figurinos' do seu espetáculo, Anitta gracejou: "Fiz barraca para a mala aparecer. Alguns amigos cantores perdem tudo. Eu vou fazer um barraco, acha que vou dar esse dinheiro de novo?".
A Portugal, Anitta trouxe a família. "Os meus tios, os meus avós... O sonho deles era conhecer Fátima. Se eu não acordar cansada amanhã, vou com eles". Também veio consigo o namorado. "Eu trouxe o meu boy, se ele não gostar de Portugal, não serve", brincou.
Perguntam-lhe com que artista português não enjeitava fazer uma colaboração. "Acompanhei o 'show' do David [referindo-se a David Carreira]. Vocês falam Deivid ou David?".
A política no Brasil também lhe merece comentários. Anitta para Presidente? "Pelo amor de Deus, primeiro tinha de ter 35 anos. A minha vontade é que as pessoas se interessem pela política. O clima do Brasil é tudo briga, tem tudo a ver com quem está comandando a gente. Se tem autoritário, preconceito, isso estimula as pessoas a serem assim", responde, propondo que as próximas eleições presidenciais elejam outro candidato. Não refere o nome Bolsonaro, mas não deixa de ser óbvio que não deseja ver o atual presidente de volta ao Palácio do Planalto.
Sobre a atual digressão europeia, Anitta exulta, referindo que está a viver um sonho ao visitar países onde nunca pensou ir. "Há muitos brasileiros nos meus shows, não é vergonha nenhuma, mas também há gente de outros países".
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