A União Europeia de Radiodifusão (UER) explicou mais longamente o porquê de a Ucrânia não poder acolher a edição de 2023 do festival da Eurovisão.
O país ganhou esse direito após a vitória dos Kalush Orchestra, na edição deste ano, que se realizou em Turim (Itália) no mês de maio. Porém, a guerra em território ucraniano irá obrigar a uma mudança de local.
"Entendemos que se sintam desapontados", pode ler-se no comunicado emitido esta quinta-feira, "mas temos a responsabilidade de garantir a segurança de todos os envolvidos, tanto os que trabalham como os que participam no evento".
De acordo com a UER, a Eurovisão acolhe, todos os anos, 10 mil membros das várias equipas de produção e 30 mil espectadores. "O seu bem-estar é a nossa principal preocupação", acrescenta. Para a organização, as decisões em torno da próxima edição do festival precisam de ser tomadas por "profissionais da televisão" e não devem tornar-se "politizadas", chamando também a UER a atenção para o "alto risco de ataques aéreos por drones ou mísseis, que podem causar um número avultado de vítimas".
Os representantes ucranianos terão proposto várias medidas com vista a diminuir o grau de risco, mas estas foram consideradas "insignificantes". Os países que fazem fronteira com a Ucrânia também não vão poder acolher a Eurovisão, devido à falta de infraestruturas.
A UER estará a discutir com a BBC a possibilidade de a edição de 2023 da Eurovisão se realizar no Reino Unido, país que ficou em segundo lugar na edição de Turim.
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