Nick Cave voltou a responder às perguntas dos fãs, através do website "The Red Hand Files".
Questionado sobre se considera a liberdade de expressão um direito, o músico australiano devolveu uma resposta longa.
"Não sei se é um direito, mas é uma conquista", escreveu. "É algo que, enquanto comunidade, podemos usar para dar vida e força à, e libertar a, alma do mundo - desde que vivamos numa sociedade que a permite".
"Poder falar livremente não nos beneficia só a nós, é também um barómetro da saúde da nossa sociedade. Assim como a intolerância a ideias opostas indica fraqueza e falta de confiança nos próprios pensamentos e nas ideias da nossa sociedade".
"Eu apoio a liberdade de expressão, não porque a considere um direito, mas porque nos valida enquanto seres especiais", continuou. "Preocupa-me aquela que é a alternativa, o achatar das ideias através da supressão das nossas naturezas individuais".
Depois de ter atuado no NOS Primavera Sound, no início deste mês, Nick Cave voltará a Portugal com os Bad Seeds para um concerto no novo festival MEO Kalorama, em setembro, em Lisboa.
"Todos somos uma amálgama de tudo quanto amámos, perdemos e aprendemos, dos nossos sucessos e falhanços pessoais, das nossas lamentações, das nossas alegrias particulares. E parte dessa singularidade é pensarmos de maneiras diferentes".
"Não admira que as pessoas adotem uma espécie de pensamento comum protetor, porque os nossos pensamentos reais, na sua forma mais interessante, podem ser assustadores. Os humanos são sobretudo indivíduos distintos com pensamentos aterradores", rematou.
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