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Roberto Medina: “Rock in Rio não é banda. Rock in Rio é festa, como Mundial ou Europeu de futebol. Nós somos um lugar”

Roberto Medina, presidente do Rock in Rio
Roberto Medina, presidente do Rock in Rio
Getty Images

Criador do Rock in Rio, Roberto Medina fala sobre o festival que este sábado volta a realizar-se em Lisboa. Em entrevista à BLITZ, o empresário projeta o futuro do evento, que quer manter bianual, e recorda como tudo começou: “Quando aí cheguei, encontrei um país seguro, com uma luz única, comida boa, e pensei: ‘há qualquer coisa errada’. As pessoas tinham uma atitude pessimista, que mudou muito desde então”

Roberto Medina: “Rock in Rio não é banda. Rock in Rio é festa, como Mundial ou Europeu de futebol. Nós somos um lugar”

Lia Pereira

Jornalista

Começa este sábado o primeiro Rock in Rio Lisboa desde 2018. Cancelado por duas vezes devido à pandemia, o festival do Parque da Bela Vista, em Lisboa, promete ser um "fator de união" numa altura em que o mundo está em guerra, afirma Roberto Medina, criador e diretor do Rock in Rio, que se realizou pela primeira vez no Rio de Janeiro, no Brasil, em 1985. As diferenças entre Brasil e Portugal, a nível de mentalidade e mercado, e as prioridades do evento, que este ano teve de substituir, em Portugal, os cabeças de cartaz Foo Fighters pelos Muse, foram alguns dos temas de conversa com o empresário.

O Rock in Rio realiza-se em Portugal desde 2004. Conhecia Lisboa antes de começar a organizar o festival cá?
Não conhecia! Quando cheguei a Portugal, fiquei encantado. Um dia depois, estava a falar com [Pedro] Santana Lopes [na altura, presidente da Câmara de Lisboa] a mostrar-lhe o projeto. Eu não tinha nenhum conhecimento do mercado de Portugal, mas parecia-me óbvio [que seria uma boa aposta] — porque a fronteira de Portugal é a Europa toda, [o país] está na esquina [do continente]. Eu confesso que ficava intrigado. Porque o Brasil é uma montanha-russa. Económica, política... Quando chego aí e [encontro] um país absolutamente seguro, com uma luz única, comida boa, pensei: há qualquer coisa errada, porque as pessoas tinham uma [atitude] pessimista, que mudou muito desde então. É incrível, parecia que não estavam a ver o país em que viviam. E a desculpa que davam era: o país é pequeno... Portugal não é pequeno! E a fronteira, cada vez mais, é uma coisa que tem de se ultrapassar.

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