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Luís Represas: “Alguém se chega ao pé do Cunhal e diz: ‘a rapaziada do Trovante anda a portar-se mal’. E ele: ‘são jovens, deixa-os voar’”

Luís Represas
Luís Represas
Rita Carmo

“Nunca tivemos nenhum diferendo, conflito ou amargo de boca com o PCP”. No podcast Posto Emissor, Luís Represas reflete sobre a relação do Trovante com o Partido Comunista, recordando uma reação de Álvaro Cunhal ao que consistiria, na altura, um certo afastamento da banda do partido

Luís Represas, convidado do mais recente Posto Emissor, falou no 100º episódio do podcast da BLITZ sobre o concerto que dará no Teatro Tivoli, em Lisboa, a 30 de abril, e sobre o seu trajeto com o Trovante, grupo formado em 1976 após os seus músicos se terem conhecido na UEC (União dos Estudantes Comunistas).

Afirmando que a banda beneficiou dessa ligação ao PCP, podendo por isso atuar em vários festivais internacionais, Luís Represas explica que, a certa altura, os músicos se começaram a "afastar um pouco" do partido.

"Mas nunca tivemos nenhum diferendo, conflito ou amargo de boca com o Partido Comunista", garante Luís Represas, contando que o então Secretário-geral do PCP, Álvaro Cunhal, respondeu da seguinte forma a alguém que lhe comunicou que o Trovante se estava a afastar do partido: “Alguém se chega ao pé do Cunhal e diz: ‘a rapaziada do Trovante anda a portar-se mal’. Com a sua inteligência e alma de artista, disse-lhe: 'eles são jovens, deixa-os voar.’”

Pode ouvir a resposta completa pelos 51m 30s:

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