Nas redes e nas televisões, o comentariado, em perpétuo rodopio sobre si mesmo, desfila embriagado pelo sobressalto social e pelo ópio da indignação, encostando os megafones à vozearia para amplificar o ruído e ilibando-se de qualquer dever de serenidade, pedagogia ou moderação. É o seu contributo para a ingovernabilidade
A Igreja olhou-se ao espelho e não gostou do que viu. Foi isso um ato de coragem? É discutível. Mais além da punição dos verdugos e da compensação das vítimas, a verdadeira coragem será a que encontrar para se pôr em causa e, se for preciso, rever a sua dogmática, os seus fundamentos seculares, a começar pelo celibato e a terminar no ordenamento de mulheres
Nos nossos dias, uma vasta clique de loquazes reformadores de bancada pede não só “reformas estruturais” como reformas “urgentes”. Ora, se há coisa com que as reformas não se compadecem é com a tirania do presente
Como o mal-estar da classe docente destes países não pode ser imputado ao Governo português, é forçoso concluir que o problema é transversal ao sistema educacional europeu