22 fevereiro 2008 15:11
O Ministério Público acusa os inspectores de alegadas agressões a Leonor Cipriano em Outubro de 2004, que terão sido cometidas durante os interrogatórios à mãe da menina, com o objectivo de obter uma confissão.
22 fevereiro 2008 15:11
Os quatro inspectores da Polícia Judiciária acusados de terem torturado Leonor Cipriano e um outro por alegadamente não ter denunciado o crime foram pronunciados para julgamento, disse esta sexta-feira à Lusa fonte ligada ao processo.
O caso foi objecto de debate instrutório concluído a 11 de Fevereiro, em Faro, durante o qual um dos advogados de defesa, António Pragal Colaço, acusou a juíza de instrução, Ana Lúcia Cruz, de ter tomado a decisão de os levar a julgamento ainda antes do debate.
Além de quatro inspectores da Polícia Judiciária (PJ) de Lisboa, o Ministério Público entendeu também acusar o ex-coordenador da Polícia Judiciária de Portimão, Gonçalo Amaral, de não ter denunciado o caso.
O Ministério Público acusa os inspectores de alegadas agressões a Leonor Cipriano em Outubro de 2004, que terão sido cometidas durante os interrogatórios à mãe da menina, com o objectivo de obter uma confissão.
Dos cinco elementos da Polícia Judiciária, três estão acusados de tortura: Leonel Marques, Paulo Cristóvão (autor do livro "A Estrela de Joana") e Paulo Bom. Gonçalo Amaral, ex-coordenador do Departamento de Investigação Criminal de Portimão, está acusado de falso testemunho e omissão de denúncia. António Cardoso responderá por falsificação de documento, por ter informado por escrito os seus superiores de que Leonor Cipriano caiu das escadas.
Tal como o seu irmão, João Cipriano, Leonor Cipriano foi condenada a 16 anos de prisão pela morte da sua filha, Joana, em Figueira, concelho de Portimão.