Vai haver um antes e um depois na vida dos escalabitanos se a localização Santarém for a escolhida para o futuro aeroporto: a região que vive hoje ainda muito centrada no setor agrícola, entrará num novo ciclo económico. Os aeroportos estão entre os investimentos que mais transformam uma região, já que há um conjunto de infraestruturas e serviços que são construidos à sua volta.
E os promotores do projeto Santarém, cujo rosto é Carlos Brazão, admitem que o arranque da operação, na sua versão mais simples, implica um investimento de pelo menos mil milhões de euros. Se tudo correr como o previsto, e com uma celeridade razoável, e Santarém for a localização escolhida pelo Governo, no âmbito da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), o aeroporto de Santarém poderá estar construído, e com o primeiro avião no ar, em 2028.
Como se chegou a Santarém? Primeiro os promotores do projeto verificaram a partir de que distância podia ser construído sem entrar em conflito com a concessão da ANA - Aeroportos de Portugal, nas mãos da francesa Vinci, e concluíram que era 75 km - avançaram então para a prospeção. "O que fizemos foi uma mira a 75 km [distância a partir da qual a ANA já não terá poderes de concessão], e verificamos onde é que as pessoas tinham uma maneira rápida lá chegarem, de preferência num comboio de velocidade elevada. E em Portugal só há uma linha de velocidade elevada, é a linha do Norte. No cruzamento da linha do Norte com o cruzamento dos 75 km, viemos parar à grande zona do Entroncamento. O sítio escolheu-se a si próprio.
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