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Fernando Lopes-Graça
O Béla Bartók português

<span style="color:#e4bb81">Fernando Lopes-Graça</span> <br>O Béla Bartók português
Foto Rui Ochoa

Figura maior da música clássica portuguesa durante a segunda metade do século XX, pagou cara a sua oposição à ditadura e a sua ligação ao PCP. A ditadura de Salazar tudo fez para tornar invisível o seu mérito e um ministro do Estado Novo chegou a dizer que “um simples Mi bemol" de Lopes-Graça era "um perigo maior que mil panfletos subversivos”. O compositor é um dos 50 escolhidos para assinalar os 50 anos do Expresso, a que juntamos 50 que poderão marcar o futuro do país

Numa das grandes manifestações realizadas durante o Maio de 1968, durante a qual se gritou pela demissão do general De Gaulle, não muito longe do Palácio do Eliseu, um dos participantes, o ex-dirigente político Aires Rodrigues, então operário na Renault, ouviu outro português a seu lado exclamar: “Com tanta gente aqui, bastava cada um de nós ter uma colher de pau para se deitar isto tudo abaixo”. Era Fernando Lopes-Graça. O episódio foi evocado em 2018 no Museu do Aljube Resistência e Liberdade (Lisboa), por ocasião da inauguração da exposição “Maio de 68, 50 Anos Depois”, acontecimento que acompanhei como jornalista para o Expresso.

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