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António Lobo Antunes
Fúria de escrever

<span style="color:#e4bb81">António Lobo Antunes</span> <br>Fúria de escrever
Foto Tiago Miranda

Aos 80 anos, é um eterno candidato ao Nobel da Literatura. Já anunciou várias vezes que deixaria de escrever, mas o vício da escrita tem sempre regressado: “As imagens vêm ter comigo não sei bem como nem de onde. Há coisas que fixei há muito tempo e reaparecem de repente. Tudo se agarra a mim. A imaginação não existe. O que existe é a memória. A maneira como arranjamos os materiais da memória”. O perfil de Lobo Antunes é um dos 50 escolhidos para assinalar os 50 anos do Expresso, a que juntamos 50 que poderão marcar o futuro do país

Escreve cada livro como se fosse o último, numa caligrafia miudinha, depois passada a letra espaçada em folhas A4. Diz que, dessa fase em diante, já não volta a rever os originais. E também não parece gostar muito de reler as obras anteriores. Já anunciou várias vezes que deixaria de escrever, mas o vício da escrita tem sempre regressado e levado a melhor, para bem dos leitores. Chama-se António Lobo Antunes, foi alferes médico em Angola, trabalhou como psiquiatra, sobreviveu a três doenças graves e diz-se que um dia receberá o Nobel da Literatura, ainda que o próprio desvalorize sistematicamente esse e outros prémios. Mesmo depois de dois cancros de pulmão, continua a fumar porque lhe dá prazer.

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