O Braga já parece ter tudo. O que lhe falta para ganhar?

Os bonecos têm cicatrizes de uso, há tinta crestada nas suas saliências. Vazia de gente, entra-se na ampla sala de convívio para os escalões de formação, na academia, populada por sofás e cadeiras, uma televisão, e dá-se logo de caras com a mesa de matraquilhos. As estatuetas, umas pintadas a vermelho contra outras banhadas a branco, intuem o previsível: não espantaria ninguém que o entretém para petizes dos 13 aos 18 anos encorajasse o duelo entre as cores do clube e as do rival regional, de Guimarães. Seria óbvio, mas é errado. “Isto não é o Vitória”, corrige Paulo Ferreira mal repara na nossa atenção fixada na mesa, “é o Braga-Real Madrid”.