Segurança

Polícias lamentam silêncio de Marcelo durante protestos e marcam manifestação em frente ao Palácio de Belém

Polícias lamentam silêncio de Marcelo durante protestos e marcam manifestação em frente ao Palácio de Belém
ANTÓNIO PEDRO SANTOS

O líder do Sindicato Nacional de Polícia defende que “era importante uma palavra de viva voz” do Presidente da República, “para os polícias sentirem que também está com eles”. PSP e GNR marcam ação de protesto em frente a Belém

Armando Ferreira, líder do Sindicato Nacional de Polícia (SINAPOL), disse que Marcelo deveria mostrar apoio aos polícias que protestam no Parlamento. “Era importante uma palavra de viva voz, para os polícias sentirem que também está com eles”, declarou o representante do SINAPOL, em entrevista ao programa “Hora da Verdade”, da “Renascença” e do jornal “Público”.

“Os polícias já muito tempo falam nisso: 'Onde é que anda o nosso Presidente da República?'", acrescentou Armando Ferreira, admitindo que o silêncio de Marcelo Rebelo de Sousa o deixa “um bocadinho pensativo, ainda que, quando aprovou os aumentos da Judiciária, tenha feito uma recomendação relacionada com a equidade relativamente às outras forças de segurança”.

Questionado sobre a possibilidade de a tomada de posição do chefe de Estado ser encarada como ingerência durante o período pré-eleitoral, o representante da polícia responde: “Estaria a dar um recado a todos os partidos, e não a um só em particular.”

As forças de segurança marcaram novos protestos para os dias 24 e 31 de janeiro, a fim de reivindicarem o mesmo suplemento de missão que o Governo aprovou para a Polícia Judiciária. Está ainda em cima da mesa, de acordo com Armando Ferreira, realizar ações durante a campanha eleitoral de cada um dos partidos.

Segundo o “Correio da Manhã”, agentes da PSP e militares da GNR juntar-se-ão também em frente ao Palácio de Belém, em Lisboa, na manhã deste domingo. Os manifestantes vão cantar o Hino Nacional durante o render da guarda da GNR, que se realiza em Belém, no terceiro domingo de cada mês, pelas 11h.

A PSP e a GNR têm estado em protesto desde que o Governo aprovou, a 29 de novembro, o pagamento de um suplemento de missão para as carreiras da PJ, com aumentos de quase 700 euros por mês em alguns casos. Pedem por isso um tratamento idêntico.

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