Segurança

Ex-diretor da PJ e deputado do PSD diz que Governo “agiu de forma discriminatória” no caso das polícias

Ex-diretor da PJ e deputado do PSD diz que Governo “agiu de forma discriminatória” no caso das polícias
ANTÓNIO COTRIM / LUSA

Fernando Negrão afirma que “Governo tem de pôr fim à revolta dos polícias” e deixa recados para o próximo executivo que sair das legislativas de março

Numa entrevista ao “Público”, Fernando Negrão afirma que o Governo “agiu de forma discriminatória” ao aumentar o subsídio de risco da Polícia Judiciária e não o fazer em relação à PSP e GNR. “Tanto a PSP como a GNR, a Judiciária e as Forças Armadas fazem parte da estrutura de segurança interna do país, e com o mesmo grau de importância.

Ainda assim, o ex-diretor da PJ e atual deputado social-democrata lembra que existe “uma circunstância” que altera essa realidade: “Cabe à Judiciária investigar a criminalidade mais grave e organizada, e as nossas forças de segurança têm de estar blindadas contra qualquer possibilidade de corrupção, em especial esta polícia. Já a PSP e a GNR são fundamentais para a nossa segurança pública.”

Fernando Negrão compreende as causas dos protestos da PSP e da GNR iniciados na última semana um pouco por todo o país e que tem levado ao boicote na condução de viaturas e de algumas diligências menos urgentes. Já foi agendada uma grande manifestação para o final deste mês. “Aquilo que ganham não os motiva.

O deputado entende no entanto que o Governo tem de resolver urgentemente este conflito e alerta o próximo executivo a sair das eleições legislativas de março. Se o problema não for resolvido “não vai desaparecer”.

“É urgente que o Governo, através do ministro da Administração Interna, do das Finanças e mesmo do primeiro-ministro, negoceie com os sindicatos da PSP e da GNR.” E deixa um alerta: “O Governo tem de pôr fim à revolta dos polícias”

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