Ao quinto dia de protesto da forças de segurança, a intenção é “não desmobilizar”, garante o presidente do Sindicato Nacional da Polícia, Armando Ferreira. A meta é conseguirem as condições exigidas: aumentos salariais e paridade com a Polícia Judiciária.
“É importante não desvirtuar as atenções para aquilo que é o mote da luta: a questão salarial, a questão dos suplementos e a paridade com a PJ”, afirmou Armando Ferreira esta quinta-feira, em declarações aos jornalistas.
“Não vamos desmobilizar. Aliás, é bem evidente a insatisfação das forças de segurança, algo que tem sido reportado ao ministro da Administração Interna”, José Luís Carneiro, que “sabia destes problemas e do estado de alma dos profissionais”, disse o sindicalista, atirando a culpa para o Governo.
Armando Ferreira lembrou ainda que os elementos da Polícia de Segurança Pública – aos quais também se juntaram militares da Guarda Nacional Republicana e guardas prisionais – estão “na primeira linha de atuação”.
“A questão que se impõe é porque é que nós somos, uma vez mais, tratados de forma diferente da PJ?”, perguntou, referindo-se ao suplemento de missão atribuído pelo Governo apenas à PJ e que, em alguns casos, pode representar um aumento de quase 700 euros por mês. “Não temos de ser menos que os outros”, vincou.
A contestação das forças de segurança surgiu dentro da PSP. Em protesto desde domingo, vários sindicatos da polícia (pelo menos seis) são esta quinta-feira chamados à direção nacional da PSP, em Lisboa.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mtribuna@expresso.impresa.pt