Três campeões na distribuição de ‘fruta’: quem terá lucrado mais no caso Tutti-Frutti

Entre os 60 acusados do processo Tutti-Frutti, os que mais lucraram, segundo o MP, com negociatas nas freguesias de Lisboa, foram três homens do PSD
Entre os 60 acusados do processo Tutti-Frutti, os que mais lucraram, segundo o MP, com negociatas nas freguesias de Lisboa, foram três homens do PSD
Grande repórter
Os casos de corrupção identificados pelo Ministério Público (MP) no processo Tutti-Frutti em várias Juntas de Freguesia de Lisboa são inúmeros, mas se o critério para avaliar a importância relativa dos 60 acusados no despacho de mais de 1300 páginas concluído esta semana por quatro procuradores tiver como base a quantidade de crimes imputados e o volume dos benefícios obtidos com eles, o pódio é claramente ocupado por três figuras do PSD. Somando o que o MP encontrou contra os três, são-lhes imputados mais de 100 crimes e reclamados quase meio milhão de euros em vantagens patrimoniais que acumularam ilicitamente com uma série de contratos públicos garantidos nos bastidores como trocas de favores. Na perspetiva da investigação criminal, essas adjudicações foram conseguidas à custa de esquemas que chegaram a envolver burla e falsificação de documentos e são um claro exemplo do que os militantes não devem fazer com os seus partidos: usá-los para tirar proveitos do Estado para eles e para os amigos.
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