O Ministério Público propôs a prisão preventiva ao ex-presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, e aos dois empresários, Avelino Farinha e Custódio Correia, do caso que investiga negócios imobiliários na Madeira entre o Grupo AFA e o Governo Regional da Madeira. Cabe agora ao juiz de instrução criminal, Jorge Bernardes de Melo, decidir se acompanha as propostas do MP em relação aos três detidos.
O MP justificou a medida de coação mais gravosa com o perigo de continuação da atividade criminosa e a perturbação do inquérito caso os três arguidos ficassem em liberdade.
Os três suspeitos, que estiveram detidos no últimos 17 dias, foram interrogados pelo juiz de instrução e pelo MP no Tribunal Central de Investigação Criminal. São suspeitos dos crimes de corrupção, prevaricação, ou recebimento indevido de vantagem.
Miguel Albuquerque, que se demitiu da presidência do Governo Regional da Madeira (GRM) devido a esta investigação judicial, é também alvo das suspeitas da PJ e do MP mas não foi detido.
As suspeitas remontam ao início do mandato de Albuquerque na liderança do GRM, em 2015. Mas há concursos de projetos investigados que são anteriores ao seu governo. A passagem de Pedro Calado pelo Grupo AFA, antes de se tornar vice-presidente do Governo Regional, faz aumentar as suspeitas sobre alegados favorecimentos do grupo de construção civil, o maior da Madeira, por parte destes governantes. Na mira da Justiça, estão concursos e adjudicações no valor de centenas de milhões de euros.
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