Justiça

José Sócrates diz que vai recorrer: "Foi uma derrota da justiça, não foi uma derrota para mim"

Sócrates, ex-primeiro-ministro de Portugal e arguido da Operação Marquês
Sócrates, ex-primeiro-ministro de Portugal e arguido da Operação Marquês

Ex-primeiro-ministro critica o trabalho das juízas desembargadoras. “Dão provimento a um erro inventado pelo Ministério Público”

José Sócrates diz que vai recorrer: "Foi uma derrota da justiça, não foi uma derrota para mim"

Hugo Franco

Jornalista

O ex-primeiro ministro José Sócrates diz que vai recorrer para “um tribunal superior” “para que outros olhos possam olhar para a decisão das juízas”, argumentou, uma hora depois de conhecer a decisão do Tribunal da Relação de Lisboa.

Sócrates não considera uma derrota pessoal a decisão judicial da Relação, que o volta a pronunciar para julgamento por três crimes de corrupção, e um total de 22 crimes. “Não concordo com esta decisão”, repetiu algumas vezes aos jornalistas.

José Sócrates considera um erro judicial o do Ministério Público que foi agora validado pela Relação. “As alegações ao TGV, à OPA da Sonae foram provadas na fase de instrução que são falsas. E agora as juízas recuperam-nas e dizem que estão indiciadas.”

“Fizeram uma alteração substancial dos factos. Pronunciam-me por crimes mais graves do que estão na acusação. E não podem fazer isso. Lamento”, enfatiza. “Dão provimento a um erro inventado pelo Ministério Público.” Essa é uma das “nulidades” que o ex-primeiro-ministro irá invocar.

Diz ainda que a decisão da Relação “é uma derrota judicial”. E conclui: "Não é uma derrota para mim."

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