Justiça

Ativistas pelo clima foram condenados por atentado à segurança de transporte rodoviário e a pagar multas de centenas de euros

Ativistas da Climáximo na ação pelo clima, em Lisboa, que incluiu uma "Assembleia de Resistência"
Ativistas da Climáximo na ação pelo clima, em Lisboa, que incluiu uma "Assembleia de Resistência"
TIAGO PETINGA / LUSA

Em comunicado, o MP adianta que os três arguidos foram ainda condenados pela prática dos crimes de desobediência e desobediência qualificada

Três ativistas pelo clima, acusados de impedir a circulação na Avenida de Berna, Lisboa, foram condenados por atentado à segurança de transporte rodoviário na pena de um ano de prisão, substituída por multa, informou hoje o Ministério Público.

Em comunicado, o MP adianta que os arguidos foram ainda condenados pela prática dos crimes de desobediência e desobediência qualificada.

"Em cúmulo jurídico, foram os arguidos condenados na pena única de 120 dias de multa, tendo um deles sido condenado no total de 780 euros e os dois restantes em 600 euros cada", precisa o MP da Comarca de Lisboa.

A sentença, em processo sumário, foi proferida na quinta-feira pelo Juízo Local de Pequena Criminalidade de Lisboa.

Os factos em julgamento ocorreram em 10 de outubro de 2023, tendo os arguidos, ativistas pelo clima, impedido a circulação na Avenida de Berna.

Nessa data, três ativistas do grupo ambientalista Climáximo, conhecido pelas ações de alerta para a crise climática, foram detidos pela PSP após terem participado num corte de estrada no cruzamento da Avenida de Berna com a 05 de Outubro. Na esquadra da PSP do Rego, nas proximidades, foram constituídos arguidos e ficaram sujeitos à medida de coação de Termo de Identidade e Residência.

Tratou-se na altura da sexta ação de protesto do Climáximo que, antes, já tinha atirado ovos com tinta verde ao ministro do Ambiente, partido a vidraça da empresa REN e interrompido o trânsito na segunda circular em Lisboa, entre outras manifestações.

O grupo ambientalista diz pretender alertar para "o falhanço da democracia portuguesa face à crise climática", reclama que "há muito que o Estado e as empresas sabem das mortes e destruição que causam com a crise climática" e prometem não parar a ação em prol da mudança.

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